quinta-feira, 7 de março de 2013

Sonhos

Sonhos, não sei porque os tenho. Sonho, esperança estranha, desejo, apenas, ilusão que creio real no futuro, futuro nunca presente e sempre próximo, aproximado. Final feliz, talvez, realizações, ócio calculado, premeditado, recompensa que espero pelo esforço que faço, que fiz, que farei num futuro também sempre ausente, aproximado, presente infindável, caminho que ainda me resta, preparação.

Medos, não sei porque os tenho. Dos sonhos, antônimos, inimigos, obstáculo inamovível, desesperança que me fere, atrasa-me o passo, fecha-me os olhos, aparta de mim o futuro ausente, fá-lo mais distante que antes parecia, névoa que cobre o sonho, esconde a luz. Medos, não sei porque os tenho.

Esperança, luz pouca que ainda resta, sonho que tenho e sei bem porque o tenho. Sentidos, sempre os busco, procuro, invento no meu esforço iterativo, minha história, construção.

Sonhos, agora conheço seu motivo, estranho movimento infindo, especulação. Meu sonho, vocação, resposta que faço ao desejo íntimo, desconhecido. Faço caminho sobre sonhos, esperanças, motivo íntimo, mais íntimo, que tenho, vontade que move o resto, as escolhas, as decisões, o definitivo que ponho qual pedra fundamental, minha razão, decisão, o sonho que faz-se por obra de minhas mãos e graça, auxílio oportuno e nunca ausente de Deus.

Sonhos, agora conheço seu motivo, Deus, feitor de tudo e de mim, meu motivo e destino, de meu sonho, realização, esperança nunca ausente, futuro já presente, redenção.