segunda-feira, 7 de maio de 2012

O amor

O amor me constrange a dar mais do que tenho, dar mais do que posso e posso dar tudo que tenho e mais do que poderia. O amor ultrapassa toda medida e se multiplica em fazer-se menor, doando-se sempre e dividindo-se em partes que sempre contém o todo, dividindo-se multiplica-se e nunca se torna pequeno, é sempre o mesmo, imutável, estável. O amor me constrange a dar sempre mais do que posso, a dar amor mais do que tenho, meu amor pequeno feito dom junto ao amor do Senhor. O amor me constrange a dar sempre mais do que vejo que tenho, a descobrir dentro de mim novas riquezas, antigos tesouros e dons que serão ofertados a tantos quantos passarem por mim. O amor torna-me dom, torna oblação também meu coração, minha vida, minha decisão, o amor transforma-me em si, sou com ele um quando me esqueço de mim e lembro-me dele só, da oferta sempre maior do que poderia fazer. Sou amor no amor que doou-se por mim, sou dom, oferenda já posta no altar.