terça-feira, 12 de julho de 2011

Jesus é apresentado no templo

Pai Santo e diletíssimo, Senhor do Céu e da terra, criador do mundo e providente conselheiro dos humildes, solícito ajudador de quem em Vós confia, pródigo dispensador de Santos Dons aos desmerecedores, ouvi solícito a prece que ora faço e prova Vossa misericórdia pela confiança que Vós mesmo me inspirais enquanto rezo. Concedei-me como alimento Vossa Palavra, Vossa Sabedoria, pão diário de que carece a natureza, livrai-me do que me faria perecer e guardai-me puro para no fim poder entrar em Vossa casa e convosco viver na eternidade, onde não há sombra de variação que possa ameaçar nossa união, que então será perfeita como desde o princípio desejais.

Mãe Santa, casta e pobre virgem, humilde serva de um Deus que quis tornar-se filho daquela que se declarara Sua escrava, tua humildade te faz a mais digna de todas as criaturas, a mais perfeita, por ela mereceste ter em teus braços aquele que a tudo sustenta em Suas mãos. Grande mistério é neste dia este teu gesto de solícita obediência à ordem do Senhor, que um dia te pedira que acolhesses em teu seio o verbo eterno e agora pede que apresentes a Ele mesmo o fruto de teu consentimento. Ave, virgem puríssima, feita pura pelo rebento que em teu seio se formou e que agora apresentas a Deus Pai, glorioso menino que merecia uma mãe com uma dignidade como a tua, pura como só Ele mesmo poderia ser, pura por tua humildade, pura por tua simplicidade, pura por não trazeres a mancha que a outros em teu lugar tornaria soberbos. Pura, porque assim Deus te quis para em ti poder habitar.

Por tua virginal pureza e tua inabalável união com Deus nada queres que não seja querido pelo filho que trazes nos braços, vero Filho de teu Deus a quem agora o apresentas como teu querido filho, querido por Deus para ti e para todos seus fiéis. E porque queres tudo quanto quer o próprio Deus, pede para mim a graça que ora peço, sede meu auxílio oportuno em toda prece que faço e que calo, sede para mim a prece incessante que minha fraqueza não permite que eu sustente, até que na morte se calem as fraquezas e permaneça em mim, por teu favor, somente a graça do Senhor que plenamente em ti quis habitar.

Sejam por tudo isso dadas sempre glórias a Deus Pai, ao Seu Filho que menino quis nascer e ao Santo Espírito que à virgem envolveu com Sua sombra para que se fizesse carne o Verbo, por todos os séculos do séculos, amém.