terça-feira, 5 de julho de 2011

Nasce Jesus

Pai, quisera encontrar um tempo, um espaço dentro de mim mesmo para encontrar-te sozinho, tu e eu, para poder ser sem a intromissão dos meus medos, sem os gritos de desespero de meu passado frustrado que por tanto tempo sobreviveu e que por isso não pôde ainda ressuscitar. Encontra-me nesta hora assim, Pai, e dá-me a Tua vontade como alimento, santifica-me com Tua simples presença que a toda sombra dissipa e vence os inimigos teus que ainda vivem no meu coração.

Maria, mãe dentre todas bendita, doce flor que adorna o deserto da vida e tão doce fruto nos dá! Dá-me nesta hora partilhar um pouco da alegria do teu coração naquela hora, bendita hora, em que davas à luz à própria Luz, em que teu silêncio fez memória do princípio e de novo a Luz se fez à voz de Deus que assim ordenara. Fez-se carne o Verbo Eterno que agora nasce, desce à terra em teu silêncio a voz que a tudo deu início, chora a criança, ouve-se o criador, pequeno rebento de homem, do Pai único filho.

Canta teu coração enquanto cala tua voz, nada querias dizer, nem poderias, podias apenas olhar e sorrir ao ver em teus braços a esperança do mundo, de teu povo, de teu coração! Por isso és bendita, Maria, porque disseste sim à salvação do mundo inteiro!

Mãe Santíssima, que de tão íntima de Deus não podes querer o que Ele não quer, dá-me da parte de Cristo uma humildade como a tua, um silêncio como o teu, um coração como o teu. Quero acolher Jesus dentro de mim, como tu, ouvir a Deus, como tu, guardar tudo dentro do coração, como tu, para fazer tudo o que Ele disser, como tu. Seja assim até à morte, assim seja.

Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo desde agora e para sempre, ao Deus que é, que era e que vem, pelos séculos. Amém.

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