terça-feira, 10 de março de 2009

Meu nome

Quero que meu nome fale mais sobre mim. De minha família, quisera ser o último, o menor e menos visto, escondido atrás das palavras que meu Amor me permite dizer. Quisera ser sempre pequeno, mesmo nas aparências, nos olhares. Pequeno, assim desejo ser, permanecer oculto no lugar que me foi reservado desde que Deus me concebeu. Ser oculto nem sempre é fácil, é cruz, é sofrimento; não quero, no entanto, esconder-me em mim, quero somente que o que sou seja visto sem enfeites, seja ouvido sem louvores. Estou no mesmo caminho de todos os outros; que mérito tenho se tenho dado passos? Não é a obrigação de todos que caminham? Não quero ser amado e estimado pelo que faço, são bases pouco sólidas. Se me amam, amem-me por aquele que me Amou por primeiro, pelo meu Amor da Cruz.

Peço-te, divino crucificado, faças cair sobre minha cabeça o sangue vertente de Tuas santas chagas; seja eu envolvido por Tua vida que se esconde por detrás dos umbrais da morte. Que esta sublime visão de Teu sacrifício mova o meu coração ao mesmo aniquilamento e me faça querer o mesmo que quiseste para Ti, sofrimento, morte, ressurreição. Ensinaste-me mansidão, silêncio; cultiva em mim, amado Mestre, esta virtude que animou Teus gestos, e faça-me igualmente manso, como cordeiro que se deixa sacrificar. Ensinaste-me humildade, silêncio; cultiva em mim, divino Amante, o desejo de ser pequeno, de esconder-me, de diminuir-me a cada dia, para que Tu apareças em vez mim.
Espero ser atendido, e desejo que o seja tão logo quiseres. Assim seja.